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Depoimentos



Autor: Rívia Greice
Data: 08Set2008
Fonte: E-mail

Título: Cinco Anos do Rebas do Cerrado

Rebanho,

Depois de admitir e ter a coragem de me olhar no espelho, sem desculpas, sem fantasmas ou fantasias só agora pude perceber que ele (o espelho) sempre revelou tudo de mim, e comecei a pensar como tenho agido diante das pessoas que amo...

Descobri que agora o tempo é de muita calma e lucidez. Apesar de o tempo correr mais do que "bandido do Adalberto" (hehehehe) sei que ainda tenho muito tempo para esperar as coisas acontecerem e se acertarem, porém, não posso e não devo deixar as coisas acontecerem por si só – preciso fazer a minha parte né?

Não dá pra gente ficar esperando a felicidade cair na nossa cabeça, precisamos ir atrás dela. Correndo, nadando, pedalando... Não importa como.

Estou me sentindo um pouco tímida, afinal de contas nunca fiz nenhum relato ou depoimento que fosse para o Grupo – e como muitos sabem sou uma pessoa bastante introspectiva (daí a minha dificuldade).

Pois é, apesar de ter uma família maravilhosa, depois que perdi minha mãe, andei me perdendo também, não me perdendo nas trilhas (coisa rara!), me perdendo de mim mesma, das pessoas, da minha família tão querida, dos meus amigos, me perdendo de Deus, da Vida. Na realidade eu nunca havia tido uma convivência assim. No início tive medo (não sei por que, mas as pessoas para mim deixaram de ter importância e criei um Mundo onde só havia eu e eu).

Meu ingresso no Rebas foi uma experiência totalmente nova! Muitas vezes eu ficava olhando aquelas pessoas (várias, muitas, cada uma totalmente diferente da outra – eu digo: "não enquanto SER, enquanto PESSOA, "a" nível de si mesma", mas diferentes classes sociais, culturais, raças e ao mesmo tempo tão iguais. Incoerência? Não.

Difícil definir em uma única palavra: Seria SOLIDARIEDADE?

Não, é pouco. AMIZADE?

Pouco ainda. COMPANHEIRISMO?

Também não. COMPAIXÃO? Não.

Já sei! – SOLIDACOMPANHEIXÃO.

Isso, isso, isso. Não existe esta palavra? Como não? Se existe um significado para ela como ela não existe? O sinônimo de SOLIDACOMPANHEIXÃ O é REBAS.

Vocês me mostraram que na realidade eu não estava perdida, apenas desencontrada e que não existe nada mais importante na vida do que o relacionamento entre as pessoas (se amando, se escalpelando, discutindo, fazendo as pazes, se ajudando, se gostando... enfim). Não corri atrás da felicidade. Encontrei essa danada pedalando (UFA!) – Nunca tinha pedalado uma bike com marcha na vida! Aliás, a última vez que havia pedalado (o que não faz tanto tempo assim) estava com mais ou menos uns 13 anos, minha monark dobrável ("xique" no "úrtimo" galera).

Queria continuar tendo esse relacionamento bacana com vocês pro resto da vida! Bá guris vocês são o máximo: a simplicidade da simplicidade, a humildade da humildade.

Ver o sorriso da "Debrinha" quando chego nos pontos de encontro é como chegar em casa depois de um dia "daqueles" no trabalho, abrir a porta e vir cachorro, menino, papagaio, todos loucos de saudade de você e cheios de novidades pra contar do dia (a gente esquece tudo! Os problemas simplesmente desaparecem).

A doçura da Janice, o Bite fazendo "bico", mas nunca desviando a atenção da missão (sempre pronto pra empurrar, carregar, segurar a cabeça para um "pau de rato "infeliz" (hehehehe) vomitar, que resolveu que daria conta de fazer uma trilha difícil sem nunca ter feito uma fácil!

Todos perguntando pra você como vai? E realmente querendo ouvir uma resposta.

O meu sanduíche favorito indo e vindo (chegando a fazer a trilha, pelo menos, 4 vezes) pra ver se está tudo bem com a Galera, né Bauru?

o Edu se perdendo e fazendo todo mundo se perder, apesar da Planilha, da Bússola e do GPS (pequenos detalhes), a preocupação em se saber porque o "LXPT" não apareceu hoje na trilha? Saudade do Adolfo (volta logo cara!). A certeza de que todos estão "morrendo" de saudade de mim (metida....)

Prometo voltar logo Galera, inteirinha, pra poder rolar na relva e me escorregar nos barrancos e descidas e subidas, simplesmente porque me distrai olhando uma flor ou uma borboleta, ou um passarinho e esqueci apenas de um pequeno detalhe: "a trilha".

O grande segredo do nosso grupo está neste amor incondicional. Neste aceitar cada um como ele é e pronto. Nosso segredo está em não exigir das pessoas mais do que elas aprenderam e podem nos dar, pois sabemos que estão fazendo o seu melhor.

Este querer bem. A preocupação em não ferir e magoar o outro. Este saber que cada um é único, e da sua importância no grupo e que por isso temos a obrigação de cuidar um do outro e, se possível, até ajudá-lo a buscar sua felicidade – Pois a partir do momento em que você se torna um REBAS, passamos a fazer parte do caminho de cada um.

AMO TODOS VOCÊS... DE VERDADE... MUITO SAUDADES...

Da sempre REBAS (Ex Estagiária)

Rívia Downhill

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A primeira versão deste site foi desenvolvida por Eliézer Roberto Pereira, o Bob King, um dos fundadores do Rebas do Cerrado, falecido em dezembro de 2004. Uma nova versão foi elaborada por Marcelino Brandão Filho, também fundador e coordenador do grupo por 6 anos e um dos responsáveis pela introdução do jeito Rebas de organizar e conduzir nossos eventos. até seu falecimento em julho de 2013. Em homenagem aos dois fundadores procuramos manter o 'layout' original.

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